A década de 1980 foi um período de grande expansão e consolidação da televisão no Brasil, nessa época uma rede de TV. Mais popular se destacava e conquistava seu público ao reproduzir na maior parte de sua programação, filmes e séries importados dos Estados Unidos da América, Ela iniciava o dia com séries de animação que preenchiam a manhã inteira do canal, a tarde iniciava com uma sessão de filmes e finalizava com duas séries com episódios inéditos, o fim de noite dava início a uma maratona de filmes premiados que iam até quase o dia seguinte. E isso se repetia todos os dias. Essa prática rendeu ao canal uma audiência imbatível, fato que incentivou seus maiores concorrentes a copiarem sua ideia na busca pela liderança, deixando a grade de programação das emissoras brasileiras quase tomada por completo de conteúdos produzidos na América. Isso influenciou de forma marcante uma geração de brasileiros, transformando sua cultura e seus princípios morais aos moldes americanos.
Naquela época, era só ligar a TV. que a bandeira americana aparecia, ela surgia nas cores da roupa de um personagem dos quadrinhos com o nome de capitão América que estrelava uma série de animação apresentada em todas as manhãs, a mesma ganhou destaque quando empunhada pelas mãos de um herói chamado super-homem que conduzia o seu mastro até o topo da residência presidencial após trazer a paz de volta ao mundo em um filme no fim de noite. Ela também enchia a todos de emoção quando erguida por um boxeador chamado Rocky Balboa em outra sessão de filmes que reunia as famílias em frente à TV em um domingo à tarde. Ela estava em toda parte... Aquela bandeira parecia significar tudo para os americanos. Representava fé, amor, prosperidade e a determinação de lutar todos os dias para tornar o país deles um lugar melhor. Era um símbolo de esperança e orgulho; um elo indestrutível de uma corrente que os mantinha unidos para sempre.
Estes momentos cinematográficos, somados a muitos outros, tiveram um impacto profundo na cultura brasileira e mundial, especialmente no desenvolvimento moral e na formação dos valores. Essas influências ganharam muita força quando a bandeira americana foi exibida em tanques e veículos militares durante a Guerra do Golfo no início dos anos 90, como uma identificação e demarcação de território dominado pelos Estados Unidos. O heroísmo dessa vez não era cena de filme, tratava-se de uma guerra real e televisionada para todo o mundo, quem era criança naquela época lembra até hoje o modo que os adultos conversavam baixinho de forma temerosa sobre a guerra do golfo e sobre um personagem temido chamado Saddam Hussein e como ele era uma grande ameaça ao mundo. Foi inesquecível quando o jornal da noite noticiou que os Estados Unidos e seus aliados venceram de forma rápida e decisiva o exército de Saddam Hussein e expulsaram suas tropas, que saíram de forma desordenada. Em poucos dias, as forças americanas liberaram o Kuwait e restauraram sua soberania. A vitória na guerra e o colapso da União Soviética em 1991, tornaram os Estados Unidos a única superpotência mundial, um verdadeiro xerife global, que passou a policiar os pontos problemáticos do mundo.
A verdade é que de muitas maneiras, os Estados Unidos há tempos oferecem uma boa influência para a sociedade em diversas áreas, e a maior dessas influências surgiu bem lá atrás, quando um movimento chamado de Renovação Carismática Católica nasceu em Pittsburgh na Pensilvânia em um retiro espiritual realizado na universidade de Duquesne, transformando a história da igreja católica para sempre. Quando esse movimento foi criado desempenhou um papel crucial no crescimento do cristianismo Global, onde foi recebido por muitos como uma forma de revitalizar a fé e o relacionamento com Deus em um nível pessoal, essa experiência foi compartilhada rapidamente por todo o mundo através da evangelização feita por várias comunidades, levando uma fé mais vibrante e participativa. A Renovação Carismática Católica criada nos Estados Unidos impactou significativamente a Igreja.
São muitas intervenções positivas que não deixam dúvidas que os americanos têm servido como modelo ou referência para outras nações e culturas, tanto nos aspectos como no desenvolvimento econômico e tecnológico, no sistema político e principalmente nos valores sociais e na Cultura Popular presentes em sua religiosidade em sua Música e nos seus filmes que atingem o alcance universal, impactando tendências e gostos em todo o mundo.
Estes fatos explicam as razões que tornam o "sonho americano" uma aspiração global, um desejo que fascina, uma experiência que não garante um caminho seguro para o sucesso, mas oferece a oportunidade de traçar seu próprio caminho, de acordo com sua capacidade ou realização. E é exatamente isso que o exemplo de vida dos americanos tem ensinado ao mundo ao longo dos anos: que este sonho pode ser alcançado sem a necessidade de deixar o seu país de origem.
A experiência deste "sonho americano" pode ser vivida por qualquer nação que seja livre, ele é simplesmente um desejo de viver e conquistar o sucesso pessoal e profissional por meio do trabalho árduo a um preço justo em uma terra que ofereça oportunidades que possibilite o alcance de uma vida estável para que as famílias tradicionais vivam protegidas como a instituição chave de uma sociedade saudável que prioriza os valores enraizados na ética cristã e no amor por sua Pátria.
